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sexta-feira, 31 de julho de 2015

LIÇÃO 05 – APOSTASIA, FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO

3º TRIMESTRE DE 2015 ­ (I Tm 4.1,2; 5­8;12,16)

Nesta lição, iniciaremos trazendo as definições das palavras: apostasia, fidelidade, diligência e ministério.
Analisaremos os passos que levam uma pessoa à apostasia e em seguida, mostraremos alguns exemplos de maus obreiros
que trouxeram grandes prejuízos na obra, como também, analisaremos os bons exemplos de obreiros que foram muito úteis
ao apóstolo dos gentios.
I – DEFINIÇÕES DE APOSTASIA, FIDELIDADE, DILIGÊNCIA E MINISTÉRIO
1.1 Apostasia​. O termo apostasia vem do grego “apostásis” e significa “o abandono premeditado e consciente da fé
cristã”​. O termo grego “aphistemi” ​é definido por: “apartar, decair, desertar, retirar, rebelião, abandonar, afastar­se
daquilo que antes se estava ligado” ​(STAMPS, 1995, p. 1903).
1.2 Fidelidade. O dicionário Aurélio diz que esta palavra significa: “qualidade de fiel; lealdade; constância, firmeza nas
afeições, nos sentimentos; perseverança. Observância rigorosa da verdade; exatidão”​. O termo em hebraico é 'emunah'
cujo significado básico é “certeza”​e “fidelidade”​(VINE, 2002, p. 128 – grifo nosso).
1.3 Diligência. ​Segundo Ferreira (2004, p. 679) a palavra diligência significa: “ter cuidado, zelo, aplicação, presteza”.
1.4 Ministério. ​Andrade (2006, p. 265) ao falar sobre a palavra ministério afirma que é: “um ofício, cargo, função,
incumbência” do grego “​ministerium”. ​A principal característica do ministério cristão é o serviço. O dicionário Vine
(2002, p.791) falando sobre o exercício ministerial diz que: “vem da expressão 'leitourgos'​, ao qual corresponde no NT aos
ministros sacros” (Lc 1.23; Hb 8.6; 9.21 – grifo nosso).
II – CARACTERÍSTICAS DOS MAUS COOPERADORES NAS CARTAS PASTORAIS
Paulo cita alguns exemplos específicos de obreiros que apostataram e naufragaram na fé. Vejamos:
2.1 Himeneu, um exemplo daqueles que ​blasfemam à obra ​(I Tm 1.20­a). ​A passagem de I Timóteo 1.20 e II Timóteo
2.17 mostram­nos uma repreensão severa a três “cooperadores” da obra que tinham blasfemado contra a Igreja,
entristecendo a Paulo e afundado suas próprias vidas. Inevitavelmente tinham caído em más práticas. Pontuemos:
2.2 Fileto, um exemplo daqueles que ​apostatam da obra (I Tm 6.21; II Tm 2.17). ​Não sabemos muita coisa alguma
sobre este homem, Fileto. Os dois (Fileto e Himeneu) "se desviaram da verdade" ao ensinar que a ressurreição já havia
ocorrido. Talvez ensinassem que a salvação é a ressurreição em sentido espiritual, de modo que o cristão não deveria esperar
uma ressurreição física. Mas a negação da ressurreição física é algo extremamente sério (I Co 15.12), pois envolve a
ressurreição de Cristo e a consumação do plano de Deus para a salvação de seu povo. Não é de se admirar que esses falsos
mestres estivessem "pervertendo a fé a alguns"​(II Tm 2.18) (WIERSBE, 2007, 320).
2.1.1 “... os quais entreguei a Satanás para que aprendam a não blasfemar” (I Tm 1.20­b). ​A expressão "os quais
entreguei a Satanás" deixa implícita que Paulo estivesse pensando na prática judia da excomunhão, pois, de acordo com o
praticado nas sinagogas, se um homem fizesse o mal, em primeiro lugar, era repreendido publicamente. Se isso fosse
ineficaz, era expulso da sinagoga por trinta dias. Se ainda continuasse obstinado em não arrepender­se, era considerado uma
pessoa maldita, desterrada da sociedade dos homens e da comunhão com Deus. “Em tal caso, era bem possível dizer que o
homem era entregue a Satanás...” Outra possibilidade, era que Paulo queria dizer que os expulsou da igreja, deixando­os
livres no mundo para sofrerem suas consequências. Para Paulo, o castigo nunca era uma vingança reivindicativa; era sempre
uma disciplina que remediava. Seu fim nunca era ferir; sempre buscava curar (BARCLAY, sd, p. 65).
2.3 Alexandre, um exemplo daqueles que ​perturbam à obra (II Tm 4.14). ​Alexandre era um nome comum naquele
tempo (ITm 1.20), de modo que não temos como saber, ao certo, se é o mesmo homem citado na segunda carta de Paulo a
Timóteo (II Tm 4.14); mas, caso seja, fica claro que resistiu a Paulo e continuou ensinado doutrinas falsas. Alexandre
mostrou­se reprovado para com Paulo no sentido de ter­lhe revelado um coração mau em sua oposição ao Evangelho. O
apóstolo Paulo usa a expressão: “Guarda­te também dele...”. Paulo ordena a Timóteo que evite Alexandre, pois ele atacou a
verdade abertamente “...porque resistiu muito às nossas palavras”.
2.4 Demas, um exemplo daqueles que ​abandonam à obra (2Tm 4.10). ​Demas é citado apenas três vezes no NT e, no
entanto, essas três citações contam uma triste história de fracasso. Paulo refere­se a Demas, ao lado de Marcos e de Lucas,
como "meus cooperadores" (Fm 1.24). Na próxima referência, o chama apenas de "Demas" (Cl 4.14). Aqui (II Tm 4.10)
diz: "Demas [...] me abandonou"​. O apóstolo dá o motivo: "tendo amado o presente século"​(WIERSBE, 2007, p. 333).
III – TIPOS DE APOSTASIAS E SEUS RESULTADOS
Como já vimos, a palavra apostasia significa: “ato de desviar­se ou afastar­se do relacionamento com Deus”.
Vejamos as consequências da apostasia:
3.1 A apostasia pessoal (Hb 3.12). ​Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar­se da união
vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a
salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT
pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si.
3.1.1 A apostasia teológica. É o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos (1Tm 4.1; 2Tm 4.3). Os
falsos obreiros apresentam uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as exigências do arrependimento,
à separação da imoralidade, e à lealdade a Deus e seus padrões (2Pe 2.1­3,12­19). Os falsos “evangelhos”, voltados a
interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozam de popularidade por sua mensagem fácil e agradável.
3.1.2 A apostasia moral. É o abandono da comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade.
Esses apóstatas podem até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de Deus (Is
29.13; Mt 23.25­28). São aqueles que eram crentes e deixaram de permanecer em Cristo e voltaram a ser escravos do
pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25­28; Rm 6.15­23; 8.6­13). Existem muitas que igrejas permitem tudo para terem
muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (1 Tm 4.1). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por Jesus (Fp 1.29),
de renunciar todo tipo de pecado (Rm 8.13), de sacrificar­se pelo reino do Senhor e de renunciar a si mesmo será algo raro
(Mt 24.12; 2Tm 3.1­5; 4.3). No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2­9).
3.2 Passos que levam à apostasia. ​Podemos elencar alguns passos que levam uma pessoas à apostasia: (1) ​Quando o crente,
por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Bíblia
(Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46); (2) ​Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial,
e o crente deixa paulatinamente de aproximar­se do Senhor (4.16; 7.19,25; 11.6); (3) ​Por causa da aparência enganosa do
pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). (4) ​Quando o
crente já não ama a retidão nem odeia a iniquidade, e, (5) ​Por causa da dureza do seu coração e da sua rejeição dos caminhos
do Senhor, não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4.30; 1Ts 5.19­22; Hb 3.7­11).
IV ­ CARACTERÍSTICAS DOS BONS COOPERADORES NAS CARTAS PASTORAIS
Vejamos alguns desses grandes exemplos de bons obreiros mencionados por Paulo em suas cartas pastorais:
4.1 Lucas, um exemplo daqueles que ​amam a obra (II Tm 4.11). Paulo diz que este obreiro é o "médico amado" ​que
viajava com Paulo (Cl 4.14). É o autor do Evangelho de Lucas e do Livro de Atos (convém observar a seção de Atos escrita
na primeira pessoa do plural, indicando que Lucas foi testemunha ocular dos acontecimentos). É provável que Paulo tenha
ditado a carta de 2Timóteo a Lucas, pois, ele serviu a Paulo como um amanuente (aquele que escreve o que é ditado)​. Uma
vez que Lucas era médico, deve ter apreciado a referência que Paulo faz ao câncer (II Tm 2.17).
4.2 Timóteo, um exemplo daqueles que ​são fiéis na obra (II Tm 4.11). ​Nenhum outro líder cristão, dentre os
companheiros de trabalho de Paulo, foi tão recomendado por ele como Timóteo, especialmente em face de sua lealdade
(I Co 16.10; Fp 2.19; II Tm 3.10). Acerca de Timóteo, o apóstolo destaca ainda que ele era: (1) um estudante zeloso e
obediente a Palavra de Deus (II Tm 3.15); (2) um servo perseverante ​(I Ts 3.2); (3) um homem de boa reputação
(At 16.2); (4)​amado e fiel​(I Co 4.17); e (5)​companheiro dedicado a Paulo e ao evangelho​(Rm 16.21; II Tm 4.9,21­22).
4.3 Tito, um exemplo daqueles que ​são dedicados na obra (Tt 1.4). ​Tito aparece no NT como um excelente líder. Ele é
descrito por Paulo como “... verdadeiro filho, segundo a fé comum...” (Tt 1.4). O apóstolo deixou transparecer a devoção
genuína e a preocupação pastoral deste cooperador (II Co 8.16,17). A alegria cristã e a dedicação de Tito serviam de
inspiração para Paulo (II Co 7.13­15). Foi enviado com Timóteo para tratar dos problemas mais sérios nas igrejas (Tt 1.5).
4.4 Tíquico, um exemplo daqueles que são ​disponíveis na obra (2 Tm 4.12) Ficou com Paulo durante seu primeiro
período na prisão (Ef 6.21, 22; Cl 4.7,8). Paulo enviou Tíquico a Creta para substituir Tito (Tt 3.12). Depois, o envia a Éfeso
para assumir o lugar de Timóteo. Ainda podemos citar: Priscila e Áquila, um exemplo daqueles que ​dão a sua vida na
obra (2 Tm 4.19). ​Era um casal que ajudou Paulo de várias maneiras (At 18.1­3,24­28; Rm 16.3,4; 1 Co 16.19). Agora,
estavam em Éfeso auxiliando Timóteo em seu ministério.
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo tinha em sua companhia homens de Deus sinceros, com os quais ele podia contar na administração
do trabalho do Senhor em Éfeso. Timóteo e outros obreiros cujas virtudes são louváveis, constituem­se para nós hoje,
verdadeiros exemplos de como devemos agir no serviço de Deus fielmente.

fonte: AD em Pernambuco

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